Pode para muitos não fazer qualquer sentido, mas que tem um enorme sentido lá isso tem.
Admira-se aquela figura que tem um fascinio muito particular.
Admira-se aquela figura ratona e muito risonha, de estatura atarracda, porte desajeitado, um verdadeiro simplório de sorriso duvidoso e de olhar matreiro e espertalhão.
Aquela cara bochechuda e muito cvorada logo denuncia ser um amigo da pinga. todo aquele aspecto condiz com o resto: camisa aberta mangas arregaçadas, colete desabotoado, mãos nos bolsos das calças atrogalhadas e botainas ferradas à prova de fogo. Chapéu às três pancadas, baixo e derribado por cima das orelhas, barbicha à moda intonsa de orelha a orelha, todo aquele ti+o respira saúde, boa disposição, felicidade na modéstia do seu viver.
Chamaram a esta figura única " Zé Povinho" e, como já adivinharam, é uma das criações mais interessantes do grande artista que foi Rafael Bordalo Pinheiro.
2 comentários:
Todavia ficamos sem conhecer o outro retrato de uma burguesia que também existiria no tempo de Bordalo Pinheiro! Burguesia essa com descendentes que continuam, lastimavelmente, a portarem-se como os donos do mundo, porque já não se acomodam com uma parte!
Afinal, já se preparam para o assalto ao poder! Não é que não se esperasse, mas sabem que nada têm para oferecer e o Povinho vai amargar nos próximos tempos...
Mas, a luta continua, como gritam os egípcios no Cairo!
Zé povinho naquele tempo se dizia,
Que muitos, outros, faziam chacota
Assim,Rafael Bordalo Pinheiro vivia
Oriundo do povo por vezes sem cota.
Era, assim, a realidade,
De quem no mundo sofria
Por haver a deslealdade
Pão para o povo não havia.
Por causa da burguesia,
Que o povo nada tinha
Sem qualquer primazia
Ser o povo da mesquinha.
Enviar um comentário