Por vezes interrogo-me se junto ao Rio e ao Mar, serei apaixonado ou louco.
Esta ligação ao Rio e tudo o que dentro das suas margens se movimenta desperta em mim um impulso que quase sem nada fazer quando dou por mim estou dentro de água.
De há uns tempos a esta parte normalmente munido com o respectivo colete de salvação, mas por vezes acontece e quando o caudal é maior e a corrente é mais forte, nada mais que dois coletes, como aconteceu por exemplo quando da queda da ponte de Entre-os -Rios.
A vida é assim.
Ás vezes o coração dói na falta não sei de quê?
Nada tão grande.
Talvez algumas migalhas de amor e de carinho...
Se de tempos a tempos a vida recua, na esperança de que tomemos posse dela com mais ânimo.
É o grito de um coração paciente, que não espera nada do que o dinheiro compra.
Talvez isto seja a compensa da doce paz e do reconhecimento.