Do Rio Douro ao Lago Niassa - Confidências de um Pescador/Marinheiro

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domingo, 26 de junho de 2011

Um dia memorável

Amigo Douro: devo-te mais esta. O meu Reconhecimento.
Senti uma enorme felicidade por ter proporcionado a este casal amigo e seu filho um dia que eles adoraram

Farei-o sempre enquanto o meu Rio me o perrmitir
Conversas com um Rio.

sábado, 25 de junho de 2011

Sempre que o meu Rio falar comigo

O dia 23 de Junho passado na minha velha casinha em Cancelos e as vistas das embarcações.
Um amor que perdura e que em cada dia mais se fortalece
Quanto mais te olho, mais te admiro.
Tu és de uma inovação permanente.
Só poderia mesmo ter nascido e crescido junto às tuas margens.
Obrigado por me teres ajudado a moldar a minha forte personalidade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Salvamento no Rio Douro

Homens do Rio = Os velhos lobos do Rio não salvam por interesse mas por dever


Infelizmente para o primeiro, "o Manuel Sousa" não foi fácil viver mais este dia trágico, pois ele já perdeu a sua primeira esposa e um Irmão com o rebentamento de uma granada que ali veio parar e veio a rebentar e ceifar a vida aos dois.
O Zeca que estava a fazer o caldito ao aperceber-se da tragédia ocorreu ao cais e ambos no Barco Valboeiro "O Marinheiro" pertença do Valdemar Ferreira Marinheiro se deslocaram ao local onde o Navio adornou (virou) e ainda a tempo de poderem socorrer um dos naufragos que se encontrava agarrado a umas fragas sem hipótese de lá poder saír e ainda indicar aos Bombeiros Voluntários de Melres e Entre-os-Rios, para onde teriam nadado os outros dois naufragos.
Infelizmente cada vez este tipo de barcos são menos, e aqui onde já os houve às dezenas no tempo em que não havia a Barragem Lever /Crestuma hoje nas duas margens Cancelos/Midões na água apenas existe este exemplar e um outro em terra. Como uma vida humana não tem preço, valeu todo o esforço que tenho feito para o continuar a ter: Isso também o devo ao falecido e saudoso Manuel Sousa (Baloca) e ao Manuel Sousa (Barulho) que se vê na foto em cima.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Vida Não tem Idade

Assim cabe a eternidade

 
Nas três idades da vida
Tem a vida a sua idade
Na graça da meninice
No fulgor da mocidade
E nas rugas da velhice

Infância ...vida a raiar
Um sorriso de esperança
E o mundo inteiro a bailar
Nos olhos duma criança

Mocidade... namorados
Ardência, fé, luz e cor
E um céu de sonhos doirados
Feitas de juras de amor

Velhice recordações
No longe de outras idades
E um murmúrio de orações
Num rosário de saudades

Posted by Picasa

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Rios Portugueses

Entre os dois países ibéricos partilhamos várias bacias fluviais principais: o Minho, o Lima , o Douro , o Tejo e o Guadiana, que no seu conjunto atingem quase metade da superfície dos dois países, algo a ter em conta no desenvolvimento de múltiplas actividades humanas e na relacção da nossa sociedade como meio.
A relacção entre Portugal e Espanha acerca da gestão dos rios partilhados destacou-se tradicionalmente por dar primazia aos aspectos relacionados com o seu exclusivo uso económico, em detrimento de qualquer outro.
O resultado é que devido à sobre exploração das bacias acabamos por perder por completo estes rios e apenas contamos agora com umas cadeias de barragens de águas poluídas, sem vestígios dos rios com a vida que sempre tiveram, enquanto prossegue a entrega dos nosso rios aos responsáveis de esta espoliação, como demonstram os planos para acabar com os únicos afluentes do Douro que fluem livremente na parte portuguesa, ou se anunciam propostas espanholas para pôr em regadio dezenas de milhares de hectares sem a mínima análise custo-benefício, tal como sucedeu com a barragem portuguesa Alqueva, a qual acabou com o que restava do Guadiana.
O resultado é a manifesta incompatibildade da política real da água nos dois países com o estabelecimento na Directiva-Quadro da Água da UE, sobretudo se  se tiver em conta que a Convênção de Albufeira sobre as bacias luso-espanholas reconhece explicitamente que  se tem de respeitar a repartição dos caudais de há meio século e que o sistema de concessões espanhol acarreta precisamenteo incumprimento radical da normativa europeia.
É obvio que os rios não são meros canais  por onde circula a água, da mesma maneira que um bosque não é um conjunto de madeira alinhada.
De idêntico modo, os sinais de identidade dos nossos territórios hão-de melhorar através do debate público, da participação e da transparência sem os quais jamais voltaremos  a usufruir de rios com vida.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

De Midões/Cancelos a Metangula = Paixão e Amor

Paixões e Amores
Muito terá contribuído o meu amor aos locais onde nasci e cresci.
Na minha terrá há Rio, há Montes e há Fragas.
Quem tem o privilégio de conhecer aquele cantinho, jamais o esquecerá!!! A partida de Vila Cabral em coluna militar rumo a Meponda!!! Uns quilómetros antes de chegar-mos junto ao Lago depara-se com uma paisagem deslumbrante e por demais maravilhosa. Mesmo naquele  tempo de alto risco pela guerra de guerrilha que assolava e que por ali se alastrava por aqueles locais, ao avistar-se o estuário do Lago, de imediato o frenesim desaparecia. Fácil comparar depois de saírmos a barra em Lisboa, andarmos a navegar com forte temporal e no regresso, quando somos avisados que já se avista o Cristo Rei em Almada. Ao ser dado o alerta de Cristo Rei à vista já não havia enjoo nos marinheiros, o mesmo que acontecia ao avistar-se aquele maravilhoso Lago Niassa, o frenesim num ápice evaporava-se.
Navegando nas águas desse mesmo Lago com destino a Metangula, quando nos apróximamos da Base Naval, depara-se com uma foto reprodutiva das minhas aldeias. Ali se situa implantado o célebre Monte Tchifuli, na sua encosta a Povoação  e um pouco afastado do morro a Base Naval.
Também ali há uma maravilhosa praia por demais atractiva e convidativa  "a praia de  Metangula" para uns bamhos de Sol e o convite para umas braçadas e uns mergulhos, ainda a Formiga de asa (o Coco)  " com os nativos a estender tudo o que dispunha para os aproveitar e depois deles se alimentarem. Isto trazia a recordarção do Areio de Midões e praia de Cancelos e o Coco à noite a atraír ao areio e que serviria de ísco para a pesca  à cana do peixe miúdo. Tal como no Lago.
Foi no Lago que para matar saudades da ausência prolongado do meu Rio Douro, com o qual nasci e cresci, que aprendi com as águas do Lago a  pervceber a terafia da sua fala.
Hoje comunico com o Mar, Rio e Lago e percebo e sei interpretar as suas mensagens, não sei se será intuição ou alucinação, o que sei é que mantemos um diálogo de cumplicidade de enorme saudade, amor e paixão.
Vivo com este amores a qualquer do dia ou da noite tal como quando estava ou estou junto deles.
Os Amigos são a familia que escolhemos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Feitiço = Homenagem em dia de meu Aniversário



No dia hoje 23 de Janeiro que completo mais um aniversário quero agradecer aos meus grandes amores de criança e a razão da minha existência e felicidade de ter nascido e vontade e alegria de continuar a viver.
Quem vai para  o Rio abastece-se em terra

Esta é a verdadeira  produtividade  lucrativa de exportação. Comer o que se produz.
  Este feitiço próprio dos Rios
Envolto com segredos tais
        Douro teve amor dos meus Tios
    De Avós Irmãos e meus Pais


Assobiava o ventos nos anjerós
 Que trazia gratas recordações tais
Ouvindo  o clamar dos meus Avós
 Como minhas conversas com meus Pais

Vi no Barco um tal Timoneiro
Que com a espadela vinha a peijar
Era o Quim Ferreira, o Barqueiro
Que por mim neto, estava a chamar


Acordei vim ver à Janela
Vi as águas do rio a ondular
Então vi o tal barco à vela
Percebi  que não estava a sonhar

Remava o Agostinho Ferreira
Sempre com muita canseira
A ânsia era chegar à Sardinheira
Para levantar a sua Cabaceira 

Então a remar do lado direito
Do esquerdo  também a remar
Era para manter o barco direito
E minha Mãe na proa a comandar

Lá sempre sentada na chileira
Escoando  água com bartedouro
Vinha a minha avó Guida Ferreira
Deitando a água p´ró Rio Douro

Esta minha cumplicidade e amor recíproco com este rio que me viu nascer, já que pela ocasião do meu nascimento e pela cheia  que ocorria passava a sua margem a uma escassa centena de metros.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Um Rio e as Suas Aldeias

Serão estas belas paisagens
Motivos de belas atracções
Com as suas puras aragens
Cativam tantos Corações



Rio Mau e a sua Aldeia
As Serras e o Rio Douro
Podemos fazer uma ideia
Que isto é mesmo um Tesouro

Visto de Oliveira do Arda
Lugar da Freguesia da Raiva
Vê-se esta terra verdejada
Pertence a Castelo de Paiva


Lado Esquerdo fica Sebolido
No direito fica Gondarém e Midões
Rio Douro está protegido
Por estes dois torrões


Uma outra vista, onde no alto da Serra  da Louseira se encontram implantadas as ventoínhas

Uma encosta onde se pode ver algumas leiras da Serra do S. Domingos, onde fica situada lá no morro a sua Capela e se comemora no dia 4 de Agosto de cada ano. 

Este meu Rio é saudade
De toda a sua rara beleza
Saudade da minha mocidade
E da gente de enorme nobreza

A Freguesia de Rio Mau vendo-se  toda ela com o Rio Douro a seus pés

Tudo isto existe.
Vejo as Fragas da Abitoreira
Brotar água,  mesmo sem chover
Vejo o meu rio com canseira
Fazer a sua limpa água correr

domingo, 2 de janeiro de 2011

Conversa com três lindos Amores ( Mar, Rio Douro e Lago Niassa.)

Três  amores dentro de um só coração.
Quantas e tão belas recordações vivi dentro das águas do Lago Niassa, tantas e tantas vezes dei por mim, banhando nas suas águas, "quase ou se calhar mesmo alucinando" e viver essa pura realidade de quanto tinha sido feliz dentro das suas águas, nas suas margens e mesmo nos locais mais longinquos, onde nunca me saíu da memória e muito menos do coração, porque quando se ama nunca se esquece.
  Quando se ama a distância fortalece esse amor.
   As coisas inverteram-se, e quando parti do Lago Niassa, porque essa paixão já a sentia  quando lá estava,"direi que foi um amor à primeira, o que até nem surpreende, por se tratar de ambientes semelhantes" e que amava com a mesma força o Lago, as suas águas e os seus Peixes, que me ligavam à pesca do meu Rio Douro.
  Eram dois em um.
   Hoje quando passeio junto ao meu querido Mar e faço-o quase diáriamente me recordo desses dois grandes amores, nunca perguntei ao Mar se sabia de quantos Paus se fazia uma Canôa, nem o poderia fazer porque isso seria o ofender, "e esta minha grande Paixão", mas quando lhe digo " e falo-lhe muitas vezes deles" que tenho estes dois grandes amores nunca percebi que o Sagrado Mar tenha tido o mínimo de reacção de negação a que assim seja.
    Acredito convictamente que eles se darão por felizes os três por poderem contar com mais este menino nascido na noite de Ano Novo de 2010/2011.
      Obrigados meus lindos e queridos  3 Amores
      Nota:
              - Quando fizer a apreciação o que foi para mim no campo pessoal o ano de 2010, não perderei a oportunidade deste maravilhoso reencontro com o meu Mar e as gratas recordações que avivaram na minha mente trazidas ao sabor dos Ventos e Marés que me foram chegando no dia a dia.
             Não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho.