Já é da tradição, o aproveitamento vindo do tempo dos nossos visavós vender Gato por Lebre. Ou Cão por Carneiro.
Também é dos tempos antigos, que se mantém com mais habilidosos nos dias de hoje, o aproveitamento desta data que ultrapassa os limites do razoável e aqueles que durante um ano inteiro vão escoando o pescado nesta data vêem-se privados de o comer pelos preços inadmíssivelmente postos em prática, pelo que apenas ficam acessiveis a uns tantos.
Como é possivel e admisssível que um cabaz de Sardinha suba de 10 para 100 euros.
Sim: escrevi bem, de dez para cem euros...
Certamente que com isto os pecadores pouco ou nada irão beneficiar... E tudo se fica pelos intermediários.
Sendo que a Sardinha assada não tem uma tradição muito antiga na festa de S. João, pois ela apenas parece e foi estimulada na década de cinquenta com a realização da Feira Popular no Palácio do Cristal.
Uma tradição bem mais antiga, é a do Cordeiro, ou seja uma cria muito nova da Ovelha a que também se dá o nome de Anho ou Borrego.
Mas também nos barcos Rabelos no Douro eram transportadas grandes quantidades de Carneiros e Ovelhas e anhos, então as peles de cães era mais que muitas nas vermas do Rio Douro.
Dizia-se então que Coelho e Gato e Cão e Carneiro, a comer não se notava a diferença das carnes, apenas um pouco masi dura.
De Cão não sei que tenha provado de Gato posso testemunhar que não.
Há alguns anos que não me desloco para a noitada de S. João. Mas em tempos que o fazxia, preferia a romaria de Braga à do Porto, bem mais atractiva e pacata.
Verdade que inventamos pouco inovador, mas em corrupção e exploração desenfreada somos os primeiros.
Mas isso em nada invalida que se diga e festeje as Festas Populares.
Também aqui importa realçar a Festa do s. João em Rio Mau Penafiel a qual me traz gratas recordações. como em algumas delas me senti tão feliz.