Alcoolismo problema saúde pública
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Tantas espécies destas pesquei em tempos ídos neste Areio (LAMPREIA)
Ao Fundo vê-se: a hoje, Freguesia de Rio Mau/Penafiel
A saudade aumenta sempre que entramos no mês de Fevereiro. Esperavamos por este mês como o Diado esperava pelas Almas.
Anos havia e quando a cheia cobria o Areio, ainda tinhamos de esperar que o caudal baixasse para nos ser possivel começar a deitar as redes (Vargas) de captura do Sável e da Lampreia. Isto por vezes acontecia depois de se passarme alguns meses onde nas casas das gentes ribeirnhas de Pedorido, Rio Mau, Cancelos e Midões não entrava porta dentro nem um cêntimo em dinheiro. Nesses meses até esta ocasião início de se começar a apanhar estas espécies a fome era negra. Lá valia os Merceeiros que íam dando fiado, mas isso não era suficiente, para não aumentar muito a conta e depois não ter como se pagar, que muitas vezes se comece as batatas sem azeite, a meia sardinha e broa coberta de bolôr umas côdeas que nem sempre haviam.
Eram tempos difícies mas eramos felizes. Então com o começo da faina a fecidade era enorme, todos brotavam felicidade.
O pouco que tinhamos davamos um valor especial.
2 comentários:
Na freguesia de Rio Mau
Onde o sável abundava
Hoje, nem tudo será mau
Se o povo trabalhava
Na pesca da lampreia
Mal chegava para o almoço
Muito menos para a ceia
Os tempos eram outros
Nossa geração trabalhou
Governados por loucos
Nova esperança despertou
Por não sermos poucos
O 25 de Abril chegou
Foram momentos esperançosos
Novos caminhos traçou
Na vida dos portugueses
Ãlguma ilusão ditou
Quando a ditadura terminou
Para a rua veio o povo
E muito alto gritou
Este é o mundo novo
Onde a alegria não faltou
Vale a pena referir
Quando o povo mais alto falou
No cano de uma g-3 pousou
Lá estava um cravo a florir
Para as balas não sairem
A guerra tinha terminado
Eras muitas as pessoas a sorrirem
A liberdade tinha chegado
O governo substituido
Para o Brasil exilado.
Lindissimo... Rap!
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